Cacau como o meu texto "deu muito pano pra manga" como dizem , estou te enviando alguns dados que acho relevante levando em consideração alguns comentários. Dizem que somos uma cidade atrasada, ou ainda desvalorizam o ilhéu, o menézinho, o nativo... Esses dados comprovam como nós estamos no topo do Turismo Brasileiro e se estamos é porque nós temos riquezas naturais e não seria correto deixarmos que as mesmas sejam depredadas. Ainda afirmo que Florianópolis não é uma terra de ninguém, ela tem donos sim e não vamos ser extintos como alguns postaram. Temos a melhor qualidade de vida do país, isto inclui a infra estrutura, que tem muito o que melhorar, mas para sua população. Reafirmo que o maior problema da ilha hoje é o crescimento populacional desordenado e a falta de políticas fortes para o Turismo, inclusive o de acesso a ilha.
Como postei no meu comentário, se fizermos uma festa para 200 pessoas e só podemos servir 20, todos sairão insatisfeitos.
Precisamos valorizar o Turista que traz valor em sua estádia, que traz renda, que gera emprego, que da lucro e não aos turistas reclamões que juntam uns trocados e jogam todas as suas infelicidades em cima de quem lhes atende. No mundo todo, várias cidades que vivem do turismo cobram taxas para a limpeza, manutenção, preservação e etc dos visitantes. Cobra-se as vezes até o local na areia. Vamos valorizar o bom Turista, o que sabe preservar nossa ilha., criar multas para os poluidores.
O Brasil ocupa apenas a 49ª posição no ranking dos países que oferecem os ambientes mais atraentes para o desenvolvimento da indústria de viagem e turismo no mundo. A informação é do relatório do Índicde Competitividade para Viagem e Turismo (ICVT) 2008, divulgado pelo World Economic Fórum. O ICVT avalia 130 países medindo os fatores e as políticas que viabilizam o desenvolvimento no segmento. Suíça, Austrália e Alemanha ocupam as três primeiras colocações. O Brasil, quarto na América Latina, foi o terceiro colocado em recursos naturais e décimo segundo em culturais. Na questão de sustentabilidade social, ocupa a 37ª colocação.
Já o Estado de Santa Catarina recebeu o prêmio pela segunda vez consecutiva de melhor destino turístico do País, prêmio conferido pela Revista Viagem e Turismo/Editora ABRIL. Dia 24 de outubro de 2008, foi entregue na cidade do Rio de Janeiro, no Pão de Açúcar, no encerramento do Congresso da ABAV, numa iniciativa da Editora ABRIL, o prêmio “O Melhor de Viagem e Turismo – A Escolha do Leitor”. Santa Catarina conquistou o primeiro lugar pela segunda vez no ranking dos melhores destinos turísticos do País, segundo pesquisa da revista Viagem e Turismo, desbancando a Bahia novamente que ficou com o segundo lugar e o Rio de Janeiro em terceiro. E, Florianópolis ganhou o segundo lugar novamente na disputa, entre as cidades brasileiras, para se fazer turismo.
Nas listas das cidades com melhor qualidade de vida do Brasil, Florianópolis aparece sempre nas primeiras colocações. Belas praias, povo cortês e baixo custo de vida transformaram a capital de Santa Catarina na "Ilha da Magia". A fama de lugar paradisíaco cresceu, trouxe turistas e, ultimamente, novos moradores. Em cinco anos, o aumento populacional foi de 15%, uma taxa bem superior à média nacional. Num levantamento recente da Secretaria de Habitação, constatou-se que 40% dos menores de rua do município vieram de outros Estados para morar nas ruas de Florianópolis. Os 60% restantes vivem em favelas da região, e metade deles pertence a famílias que também vieram de outros municípios ou Estados. Ou seja: a miséria que hoje circula pelos semáforos da capital de Santa Catarina (de uma maneira muito mais discreta do que em outros centros) veio de fora. O fato é que Florianópolis começa a sentir os efeitos negativos de seu sucesso. Vinte anos atrás, existiam apenas cinco favelas na Grande Florianópolis. Agora são mais de cinqüenta espalhadas pelos morros da ilha. Outra faceta desse crescimento desordenado é a violência. Há vinte anos, o município tinha uma taxa de 4,9 homicídios por 100.000 habitantes. Era um índice comparável ao das cidades mais desenvolvidas do mundo. Mas esse número triplicou, hoje é de 17,2 mortes, e continua a subir. Alheias ao problema, famílias menos favorecidas continuam chegando à cidade em busca de uma vida melhor. Florianópolis realmente apresenta indicadores sociais e econômicos invejáveis. Pelo critério da Organização das Nações Unidas, a Ilha da Magia está entre as cinco cidades do Brasil com melhor qualidade de vida. Isso significa que o município possui indicadores de renda, educação e qualidade de vida de padrão europeu. Aliado a esse quadro, existe um ciclo de desenvolvimento econômico do lugar. A construção civil vem aumentando a impressionantes 10% ao ano. São prédios, shoppings, hotéis e centros de convenção que vêm alterando a paisagem local. (Revista Veja)
A problemática cultural na sociedade contemporânea é marcada pelo incremento da atividade turística, na qual se faz necessário analisar o consumo como um aspecto das estratégias das políticas culturais. Pensar cultura provoca pensar identidades culturais locais e formas de preservá-las ou, mesmo, resgatá-las. A gestão de políticas culturais, além de preservação do patrimônio, deve prever a sustentabilidade da comunidade do local turístico. A ousadia é que faz grandes idéias tornarem-se realidade. A vontade política, o olhar lúcido e comprometido com o bem estar social, também. Mas é necessário que isso esteja aliado à idéia de um desenvolvimento comprometido com a cultura local. Assim, é possível um turismo cultural garantidor da preservação do patrimônio cultural e natural. Somente dessa forma, a sustentabilidade não se restringirá a aspectos econômicos, mas também atentará para o respeito aos cidadãos e às comunidades locais. (Maria de Lourdes Netto Simões)
A ideologia, pertinente aos turistas, são visões do local a ser visitado, provenientes de informações totalitárias (sub-informações e a formação de pseudo-informações, que dão uma imagem ideal/lendária da localidade). A encenação e a camuflagem contribuem para criar um universo em que milhares de pseudo-informações louvam a excelência do sistema turístico. MOESCH, M. M. A produção do saber turístico. São Paulo: Editora Contexto, 2002. p.42
Um comentário:
Como sempre, um belo texto. Ah, tem um desafio, ou corrente, ou brincadeira, ou seja lá o que for, pra vc lá no FalaPalermo. Abraço.
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